sexta-feira, 30 de maio de 2014

Uma passagem só de ida pro Tibet, por favor! (ou não?)

Eu já falei por aqui que desde junho do ano passado estou trabalhando a 70km de onde moro. Isso deixou meus dias ainda mais corridos e cansativos.
Ontem eu estava muito cansada e chegar em casa é uma nova aventura.
Parece que estou entrando numa sala da bolsa de valores de São Paulo onde todos querem dar o maior lance para a minha atenção. 
Minha mãe querendo falar alguma coisa importante, a babá querendo dar um recado, o meu pai querendo opinar, a minha filha precisando urgente de atenção e o bebê gritando pra mamar.
Pega tudo isso e soma muita fome e uma boa TPM. Eu estava à beira de um colapso.
Eu só queria fazer cocô e tomar um bom banho. Não consegui fazer nenhum dos dois.
Pra ajudar minha filha tinha dormido à tarde, então ela estava a mil por hora pulando, arrastando edredon e querendo que eu a ajudasse a fazer sei lá o que duma brincadeira que ela tinha inventado.
Naquele momento, tudo que eu queria era o raio desintegrador de filhos barulhentos e uma passagem só de ida pro Tibet para viver muda junto com os monges budistas.

Quando deu o horario, mandei todo mundo escovar os dentes e fazer xixi para dormir, aí aconteceu a mágica.

Eles deitaram assim juntinhos e quentinhos na cama e todo aquele cansaço passou. Eu agradeci a sorte de ter essa vida assim, do jeito que ela é.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Uma Homenagem às Mães

Parece sacrificio passar 1 ano e 7 meses acordando 4 a 5 vezes a noite porque o bebê quer mamar.
Parece sacrificio perder uma festa porque a filha está com febre.
Parece sacrificio abrir mão de um passeio porque não é adequado para crianças.
Parece sacrificio não comer certos alimentos porque dá colica no bebê.
Parece sacrificio deixar de comprar uma bota bacana porque as calças das crianças estão curtas e precisam ser repostas.
Parece sacrificio ter dores nos ombros, costas e pernas por carregar o bebê quando ele não quer mais ficar no carrinho ou caminhar.
Parece sacrificio abandonar os happy hours para chegar em casa e cuidar das crianças.
Parece sacrificio deixar de ir aos shows de rock por não ter com quem deixar o bebê.
Parece sacrificio não conseguir conversar porque a filha interrompe a cada cinco minutos para falar alguma coisa.

Só quem vive essas experiencias sabe que tudo isso é pago por um sorriso, um beijo, um abraço apertado, uma primeira palavra, uma nova descoberta, um rolar na areia, uma dancinha, uma gargalhadinha daquelas de tirar o folego, um desenho besta assistido mil vezes e muita inocencia e pureza. Ver um ser humano crescer e se desenvolver é mágico e único.

Ser mãe é algo inexplicavel, imensuravel, inimaginavel. Ser mãe é muito amor.

FELIZ DIA DAS MÃES




quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Dica da Fantasia: Sim, ele "ainda" mama no peito. O que responder para as palpiteiras de plantão.

A "patrulha das comadres" quando me encontra e descobre que o Max ainda mama no peito já vai logo soltando:
-o menino já anda, tá na hora de largar o peito
-nossa, desse tamanho e ainda mamando
-é por isso que come mal (como se ele comesse mal...)
-credo, não sei como voce aguenta (essa pra mim é a melhor)
e por aí vai....

No começo eu até entrava numa discussão de como o vinculo afetivo entre mãe e filho é importante nessa fase da vida da criança, de como amamentar reduz drasticamente os riscos de câncer de mama, de como é gostoso essa pausa para curtir meu bebê e não fazer mais nada, do fato do leite transmitir anticorpos, nutrientes e manter o bebê hidratado e de como é gostoso ver o olhar dele, sentir sua mãozinha brincando com meu nariz, orelha, olhos etc.

Agora eu simplesmente respondo:

Você já viu quanto custa uma lata de leite? Pois é, estou fazendo uma economia danada. E você pode imaginar que criar dois filhos custa uma fortuna. Esse dinheirinho é muito bem economizado.

Pronto, a resposta é rapidamente aceita e todos começam a achar ótimo que o bebê ainda mama no peito.

Essa é a super dica para as mamães peitudas que amamentam até quando quiserem e pronto.